Um breve resumo da história que mistura realidade com ficção na crônica deste 7 de setembro
Desde criança que sabemos que o Brasil conquistou a sua independência em 7 de setembro de 1822, com o grito do príncipe regente D. Pedro I, como também, somos conhecedores que uma flor para brotar, crescer propriamente dito, precisa passar pela germinação e cumprir todo o processo necessário. Que tal compararmos com as flores, com base em acontecimentos reais, este importante evento da História do País?
Quando a família real chegou ao Brasil, em 1807, vinda de Portugal para manter os seus interesses no Brasil-Colônia e assegurar também a independência do seu país, começava ali a possibilidade de colherem as flores deste imenso jardim que sempre foi o Brasil. Mas foi graças à vinda de D. João VI, que os acontecimentos de sua presença no país contribuíram para o desfecho do 7 de Setembro.
Não resta dúvida, que as primeiras medidas tomadas pelo rei português, foi como o surgimento de novos canteiros na Flora Fogaça. Ele plantou novas espécies de flores no Brasil: educação, abertura de portos, Banco do Brasil, Correios, imprensa no Brasil, museu, biblioteca, dentre outras variedades. D. João VI criou até um Jardim Botânico no Rio de Janeiro!
E, de fato, estas flores plantadas contribuíram bastante para o desenvolvimento do Brasil, mas diferente da Flora Fogaça , o rei D. João VI resolveu cobrar caro dos brasileiros por meio dos impostos. E também grande parte da produção das flores brasileiras estava indo para Portugal, o que gerou mais insatisfação aqui no País.
Houve a exigência da volta de D. João VI e sua família para Portugal por parte da corte portuguesa. Mas, o filho dele decidiu continuar o plantio das flores do seu jeito e, em 9 de janeiro de 1822, D. Pedro declarou: “Como é para bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto; diga ao povo que fico”.
Claro que não foi fácil para ele continuar o cultivo de flores no Brasil, da mesma forma que não foi fácil o início da Flora Fogaça , em São Benedito, no ano de 2003. Em um tempo que pouco se falava de flores na Ibiapaba! Mas isto é outra história.
Nos meses seguintes, os brasileiros demonstravam claramente que queriam plantar as suas flores de sua maneira, independente de Portugal, o que gerou grandes atritos entre a corte e a colônia. E que aumentariam mais com a convocação das eleições para a formação de uma Assembleia Constituinte no Brasil, que seria instalada em 1823. Já era uma espécie de câmara setorial de flores e plantas ornamentais que se criava no Brasil.
Essas foram medidas que separavam o Brasil cada vez mais de Portugal. Imagine, o Brasil passar a ter uma câmara setorial, ou melhor, a sua primeira Constituição!
Em 28 de agosto de 1822, as cortes portuguesas deram um ultimato a D. Pedro para que ele voltasse para Portugal, que deixasse a plantação de flores do Brasil urgente e que o futuro dele era montar uma estufa em Portugal.
Mas D. Pedro, que também ouviu os conselhos de sua esposa Maria Leopoldina, e de José Bonifácio de Andrada e Silva, não levou em consideração os apelos dos portugueses e no dia 7 de setembro de 1822, às margens do Rio Ipiranga, em São Paulo, deu o grito de “Independência ou morte”.
Foi aclamado como imperador do Brasil, o D. Pedro I, no dia 12 de outubro. Depois, foi coroado em 1º de dezembro de 1822.
E após esses acontecimentos, a vida de D. Pedro I não foi fácil, nada pacífica, pois teve de lidar com as insatisfações dos produtores de flores do Pará, Maranhão, da Bahia, foi uma verdadeira guerra de independência. Ao contrário da Flora Fogaça, que tão bem se relaciona com os seus parceiros. Mas isto também é outra história, que contaremos em breve.
*Este texto é uma crônica baseada em fatos reais da História do Brasil.
**O lado ficcional do texto são as referências às flores, produtores, câmara setorial, que foram usadas no sentido figurativo.
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